Gerald estava preso em um engarrafamento. O relógio no painel de seu carro parecia correr mais rápido, enquanto os faróis vermelhos à sua frente se estendiam por quilômetros. Na tela do celular, o ponto azul que representava Isabel estava parado em frente à confeitaria, exatamente onde ela havia dito que estaria. De repente, o ponto azul começou a se mover. Não lentamente, mas a uma velocidade que o fez sentir um calafrio na espinha. Gerald pegou o telefone e ligou para Patrick. Desde o ocorrido com a família da Senhora, o chefe sempre era cuidadoso com a segurança dela.
_ Senhor, sou eu. Tem um problema, ele disse, com a voz séria.
_ Gerald? Eu estou a caminho da corretora. O que houve?, a voz de Patrick soou animada.
_ A localização da Senhora Isabel está se movendo, senhor. Rápido. Eu estou preso no trânsito e não vou conseguir alcançá-la.
O silêncio do outro lado da linha foi aterrorizante. Patrick sentiu um desespero terrível dentro de si, a felicidade do momento se esvaindo em