Marcus Straus
Quando despertei, depois de fazer muita força, relutei bastante para não me render e ir dormir com ela naquela cama.
Ela ali, entregue ao sono e eu aqui do outro lado da suíte, tentando controlar meus impulsos.
Senti uma coisa estranha, uma mistura de frio na barriga com seu lá o quê, pois queria muito passar a noite com ela, toma–lá para mim e assim nos perder um no outro. Até aqui, nunca tinha desejado dormir com ninguém, nunca tive essa necessidade, nunca vi a obrigatoriedade nisso, por achar algo pessoal demais. Entretanto, ela me faz não querer deixá-la ir a lugar algum.
Esquisito isso!
Afasto essa sensação de perda que está tentando entrar em meu peito e vou me arrumar também.
Em pouco tempo já estou pronto e vou ver se ela já está acordada.
Uma alegria incomum me atinge, por apenas saber que ela está ali, comigo!
Ao abrir a porta, vejo–a sair do banheiro e nossos olhos se encontram.
Parece desconfortável com alguma coisa, mas não quero constrangê-la com nada.