Amelie
— Não precisa ficar assustada, eu não estou julgando e nem comentei com ninguém. É apenas algo que observei.
— E-eu não sei do que está falando. Arthur é meu cunhado.
— Bom, se é assim, aconselho que sejam mais discretos.
— Discretos? Por quê?
— Eu percebi isso há um tempo, eles têm personalidades distintas quando se observa com mais atenção. E constatei várias vezes seu cunhado se passando pelo seu marido. Vocês se beijam igualmente.
Meu coração ainda batia forte, aquele frio na espinha subia e se concentrava em minha nuca. Eu tinha sido descoberta, era uma questão de tempo para outras pessoas notarem, se é que já não tinham.
— Oh, querida, não fique assim, estás pálida.
Victória puxou-me e fui sem nenhuma resistência. Ela me fez sentar na poltrona e saiu por um tempo, quando voltou, trazia uma xícara de leite quente.
— Eu pensei que conseguiríamos esconder — desabafei e bebi um gole do leite, estava adoçado com mel.
— Acho que você ainda esconde bem e o fato deles serem pr