Sempre que chegar a lua cheia.
Amelie
— Me solte.
— Não podemos — Willian respondeu ao levantar do chão.
Já fazia bastante tempo que estávamos em silêncio. O dia já tinha amanhecido e meu tornozelo estava latejando mais.
Willian foi para trás da banheira e se jogou água. Vi como seu corpo ficou tenso, devia estar muito fria. Ele se lavou com pressa e Arthur permaneceu com um olhar perdido.
As cenas se repetiam na minha cabeça continuamente, mas aquelas feras não voltaram e o silêncio acabou por apaziguar meu desespero. Eu queria duvidar. Queria que tivesse sido um sonho, mas não era.
Depois que Willian terminou, Arthur fez o mesmo, eles se vestiram ali mesmo na minha frente e circularam pela casa como se nada tivesse acontecido.
Depois de mais um tempo, Willian se sentou na beirada da cama e buscou meu pé machucado, mas recuei o tanto que a corda me permitiu.
— Não me toque.
— Não faça assim, Amelie, ainda sou eu, Willian.
— Não, eu não sei quem são. — Balancei a cabeça negando tudo aquilo.
Ele respirou fundo e Ar