"Alguns encontros são sementes. O resto… é tempo, coragem e a delicadeza de saber esperar a estação certa."
O quadriciclo desacelerou até parar diante do galpão, o motor vibrando como um ronronar preguiçoso antes de morrer por completo. Helena retirou o capacete, ainda sorrindo com a adrenalina, enquanto Santiago descia primeiro para abrir a grande porta de madeira.
O barulho das dobradiças ecoou pelo espaço.
O interior do galpão estava tomado pelo cheiro de óleo, madeira antiga e sol quente filtrado por frestas altas. Os dois quadriciclos que Pedro e Lívia tinham usado já estavam alinhados ali dentro — o que significava que eles haviam voltado antes.
Helena franziu a testa.
— Estranho… — murmurou. — Eles deviam estar aqui fora.
Foi então que um pequeno ruído abafado veio de trás de prateleiras cheias de ferramentas e caixas antigas.
Santiago ergueu uma sobrancelha.
— Isso soa… suspeito.
Helena deu um passo à frente, aprumando a voz:
— Lívia?
Silêncio.
E então — passos rápidos