LEONARDO RIZZI NARRANDO.
ITÁLIA.
Hoje foi a pior noite da minha vida. Assim que Rafaella saiu, eu me sentia como um vulcão prestes a entrar em erupção. Cada fibra do meu ser tremia de raiva e frustração. Não conseguia acreditar que tinha sido tão ingênuo ao confiar nela. Como pude ser tão cego?
Destruí tudo que estava ao meu alcance no quarto dela. O som do vidro quebrando, da madeira se partindo, tudo parecia uma sinfonia de caos que ecoava a tempestade dentro de mim. Cada objeto que caía, cada peça de mobília destruída, parecia aliviar momentaneamente a dor intensa da traição. Mas a dor estava lá, queimando profundamente, uma ferida que não parava de sangrar.
— Como pude acreditar nela? — Eu me perguntava repetidamente.
A imagem dela, com aqueles olhos inocentes e a voz suave, estava gravada na minha mente.
— Tudo o que ela queria era me destruir.
Eu precisava sair de casa antes que a raiva me consumisse por completo. Peguei as chaves do carro e saí, deixando a casa em um estado caó