ENZO
— Ele já está no quarto? — perguntei.
— Sim. O senhor pode entrar para vê-lo.
— Obrigado.
— Se o senhor quiser, posso pedir ao psicólogo infantil do hospital para conversar com o garoto. Amanhã, talvez?
— Vou pensar nisso.
— Como queira, Sr. Albertinni.
Dirigi-me para o quarto e, ao entrar, Lorenzo conversava com uma enfermeira que tentava acalmar o seu choro manhoso.
— O que foi, filho? — Aproximei-me da cama. — O que houve? Sente dor?
— Eu quero a Laurinha — pediu-me fazendo um biquinho de choro, ficando com os olhos marejados.
— Ele não para de chamar pela mãe — disse a enfermeira.
— Ela já está vindo, meu amor. — Acariciei os seus cabelos.
A enfermeira se retirou e eu me sentei aos pés da cama.
— Ela vai demorar a chegar? — perguntou Lorenzo fungando o seu choro.
— Vou ligar para saber. — Dei-lhe um sorriso e pisquei para ele.
Levantei-me da cama e caminhei para a janela ligando para Laura.
— Alô — atendeu sonolenta.
— Oi, querida.
— Está tudo bem? — perguntou preocupada.
— E