Me sinto como uma fera enjaulada, louca pela sua liberdade. Queria que os meus gritos me libertassem. Que me trouxessem a paz de que preciso, mas eles apenas alimentam a minha dor. Rasga o meu passado, trazendo tudo à tona outra vez… e outra vez… e mais vezes do que eu não consigo contar.

A porta do escritório volta a se abrir, mas eu sei que não é ela. O seu perfume não está aqui. A sua presença, o seu calor. É irritante como a sua presença me incomoda e eu começo a pensar que Vicenzo tinha toda razão. Eu não devia tê-la trazido para cá, para tão perto de mim. O assobio apreciativo do meu irmão me desperta e automaticamente me recomponho, vestindo a minha armadura que por muito pouco ela penetrou.

— Porra, o que aconteceu aqui? — Ele procura saber. Seu olhar avaliativo e surpreso correndo por todo o lugar.

— Por q