Alessia estava no quarto principal realizando sua rotina noturna já tão habitual para se manter jovem. Cremes, aplicadores e outros produtos estavam espalhados pela penteadeira. Ela se olhava no espelho e sentia uma estranha sensação de opressão — o tempo passava muito rápido. Por ter a pele branca, as rugas eram evidentes e, apesar de ter feito um retoque aqui e ali, ela não conseguia se ver como Guadalupe.

Será que aquela mulher maldita não podia ter morrido há 20 anos? Por que seu avô não tinha se livrado dela? Aquela mulher maldita! Agora era o centro de sua inveja. O homem que ela tinha ao lado não era nada mais que Marco Barzinni, aquele "pedaço de carne" que, aos olhos de Massimo, não servia para nada e, no entanto, ele tinha levado a empresa adiante depois que seu avô os meteu em problemas.

Por um momento, ela se perdeu naquela lembrança e amaldiçoou a hora em que seu avô estúpido a convenceu a deixá-lo entrar na empresa. Seu casamento, que já era insuportável, tinha se complic