32. VISITA INESPERADA
Levanto-me sentindo que a minha vida está a acabar, amanhã será a festa. À noite, com certeza os convidados chegarão. Passei toda a semana a fazer os vestidos para a minha mãe e para mim. Decidi assim para me manter ocupada com algo. Mas a minha loba está muito triste. Ela sabe que, no final, se o meu pai me pressionar pelo bem da alcateia, eu vou acabar por aceitar.
Não saí do meu quarto durante todo o dia. Lía está muito inquieta. Mais tarde vou correr pela floresta para acalmá-la. Ouço o meu irmão a chamar-me; espreito a cabeça para saber o que ele quer.
—Héctor, o que queres? —pergunto desde a porta do meu quarto.
—Desce para a sala, o Alfa Supremo está a aproximar-se —informa-me e fico cheia de curiosidade; isso nunca aconteceu desde que vivemos aqui, apesar de sermos vizinhos.
—O quê? Quem? —pergunto acreditando que percebi mal; nunca conheci o Alfa Supremo.
—O Alfa Supremo, despacha-te Net, acabou de chegar —responde o meu irmão com urgência na voz.
Entro no meu qua