211. Sempre Há Tempo Para Nós
“Ethan Hayes”
O táxi para em frente ao prédio de tijolos vermelhos que já se tornou tão familiar.
Pago a corrida, pego minha mala e verifico o relógio: 18:40. Bem mais cedo do que o horário em que normalmente chego às sextas-feiras.
Mas hoje não é sexta-feira. Na verdade, nem é um dia qualquer.
Hoje faz exatamente um ano desde a noite que mudou minha vida para sempre.
A noite em que uma jovem de olhos desafiadores entrou no meu carro por engano e virou meu mundo de cabeça para baixo. Trezentos e sessenta e cinco dias que transformaram completamente quem eu sou.
Subo os degraus, sentindo o peso confortável da pequena caixinha no meu bolso e da pasta com documentos que, espero, mudarão significativamente nossas vidas.
Digito a senha da porta e entro silenciosamente. O apartamento está iluminado pela luz da televisão e por um abajur no canto da sala. Uma música lenta toca baixinho.
Quando me aproximo da cozinha, vejo Mia.
Minha perdição está de costas para a porta, dançando dis