158. Foi Bom Enquanto Durou
O sol invade o quarto por entre as frestas da persiana, desenhando linhas douradas na cama. Ethan dorme tranquilamente ao meu lado, um braço sobre minha cintura e o outro sob minha cabeça.
Me viro lentamente para admirar meu namorado. Sua respiração é calma, os cabelos claros caem sobre a testa e ele parece completamente alheio ao caos dentro de mim.
Hoje voltamos oficialmente à realidade.
Sete dias se passaram desde nossa volta de San Francisco. Sete dias dentro do nosso próprio mundinho, onde fingimos que os problemas lá fora não existiam.
Sete dias de filmes ruins, café da manhã na cama e conversas estendidas nas varandas dos nossos apartamentos.
O alarme toca e Ethan geme, enterrando o rosto nos meus cabelos. Desligo rapidamente o aparelho.
— Bom dia, dorminhoco — sussurro, beijando seu rosto.
— Não. — Ele resmunga, puxando o edredom para cobrir a cabeça. — Não existe bom dia às seis da manhã. É cientificamente impossível.
— Hoje é o grande retorno, lembra?
Rio, p