Gustavo baixou a cabeça, se aproximando de Raquel, a distância era tão curta que ela quase pensou que ele a beijaria, mas não o fez. Ele parou a alguns centímetros de distância dos lábios dela.
Sua respiração caía sobre a bochecha dela e uma voz baixa soou:
- Raquel, você não tem provas.
A voz suave e repreensiva chegou aos ouvidos de Raquel, mas ela não sentiu nenhuma emoção de coração batendo mais rápido, primeiro porque sempre sentia que ele estava chamando um cachorro, e segundo por causa do significado por trás das palavras.
Raquel ficou sem palavras.
Ele estava sendo irracional por não ter razão, não estava? E o pior era que ele ainda tinha a audácia de ser tão confiante.
Gustavo examinou cuidadosamente a ferida na língua dela.
- Ainda bem, não é grave, não precisa passar remédio por enquanto.
Raquel revirou os olhos para ele e o empurrou.
- Eu só mordi minha língua sem querer, não é como se eu estivesse tentando cometer suicídio mordendo minha língua. Pode ficar tão grave assim?