Tadeu não viu em seu rosto a emoção que desejava, apenas indiferença e frieza enquanto se mantinha ereto.
- Na Páscoa, papai quer que a gente passe fora este ano.
Douglas assentiu.
- Você acabou de chegar, deve estar cansado. Vá descansar e, à noite, jantamos juntos.
A última frase foi apenas por cortesia, mas assim que a disse, se arrependeu. Uma pessoa normal perceberia, mas com o modo de pensar de Tadeu, não era garantido.
- Então vou tirar um cochilo na sala de descanso do seu escritório.
Douglas ficou sem palavras.
O humor sombrio de Tadeu se dissipou instantaneamente com suas palavras. Ao empurrar a porta da sala de descanso e cruzar o limiar, ele olhou para trás e perguntou:
- Mano, você me abandonaria?
Douglas pensou que tinha se entregado, que Tadeu tinha percebido algo, e se sentiu um tanto em pânico, apertando levemente o lápis que segurava.
- Por que essa pergunta de repente?
- É que vi alguém se casando recentemente e pensei que você também está na idade de casar. Então, m