Leandro, ao ver Douglas sair da delegacia com o rosto tenso, pressentiu problemas. Realmente, seu olhar percorreu o carro e, não vendo Natália, que saiu mais cedo, seu rosto escureceu instantaneamente.
- Onde está a Sra. Rocha?
- A Sra. Rocha acabou de receber uma ligação... - Leandro apontou na direção onde Natália tinha ido. - Ela pegou um táxi e foi embora.
- Você não a impediu? - A voz soava como se estivesse sendo espremida entre os dentes.
- Tentei, mas não consegui, entende? - Leandro tentou se defender. - Eu queria seguir ela, mas a Sra. Rocha disse que, se eu fizesse isso, ela contaria tudo para você.
- Quem ligou para ela? - Douglas perguntou, sem esperar realmente uma resposta.
Leandro estava visivelmente desconfortável, com as sobrancelhas franzidas, e embora não falasse, seu corpo inteiro gritava: "Tenho algo a dizer, mas não me atrevo."
Douglas, franzindo a testa, disse:
- Sua boca está colada com cola? Fale.
Leandro endireitou as costas, resignado:
- É aquele homem mais