Na banheira.
Isaac com a camisa entreaberta, o tecido já fino, agora colado ao corpo pela água, revelando suas formas. Parece que o barulho na porta o alarmou, ele olha para cá, seus olhos tranquilos e serenos, mas seu traje desalinhado lhe confere um ar de sensualidade.
Natália, abraçada a ele, tem o rosto pálido como papel. Não se sabe se é pelo frio ou pelo efeito da medicação, seu olhar parece vazio, sua reação, mais lenta que o habitual.
Douglas, com os olhos semi-cerrados, exibe uma expressão de desagrado e sombriedade tão intensa que parece transbordar. Ele caminha até eles e pega a mulher imersa em água fria nos braços.
Isaac segura sua mão.
- Não percebe que ela não está bem?
- Se eu não percebesse, você não teria a chance de estar aqui sentado falando comigo. - Douglas responde friamente, segurando Natália, sem mãos livres. - Solte-a.
Isaac sai da banheira, pisa descalço no azulejo escuro, insistindo:
- Não vou permitir que a leve para fora do meu campo de visão, pelo menos n