Depois de falar, Vitória percebeu imediatamente que tinha dito algo errado e, sem conseguir se conter, mordeu a língua, pois falou rápido demais.
O olhar de Dario se tornou significativo:
— Não é que não possa ser.
Vitória corou e virou a cabeça:
— Após a vovó passar pela cirurgia com sucesso, iremos ao cartório realizar o divórcio.
Após suas palavras, o ambiente ao redor se silenciou novamente.
O flerte súbito que surgiu instantaneamente se desvaneceu.
Dario se acalmou, se recostou na cadeira de metal, sentindo algo pressionar seu peito, dificultando a respiração.
Ele olhou para ela e, com os lábios comprimidos, falou:
— Na verdade, não é que precisemos nos divorciar.
Vitória ficou chocada, pensou que tivesse ouvido errado, olhando para ele incrédula. Entendeu cada palavra que ele disse, mas, juntas numa frase, parecia que não conseguia compreender.
"Não é que precisemos nos divorciar? Então, é possível ou não?"
Dario sentiu seu olhar e sua expressão se tornou ligeiramente desconfortá