- Você pretende passar a noite na porta? - Maria perguntou a ele, sem palavras, estendendo a mão para pegar sua mochila. Eduardo, porém, desviou a mão dela e entrou com a bolsa. A mulher olhou pela porta, não notou nada anormal, e então fechou a entrada. Morando fora, ela sempre se sentia um pouco insegura, portanto, trancou também o trinco.
Ao se virar, viu Eduardo abanando a mão na frente do nariz, com uma expressão de desgosto. Maria olhou para ele com desprezo:
- Você deveria realmente experimentar viver com os trabalhadores, melhor ainda com os pobres.
Eduardo sorriu:
- Eu suporto o sofrimento, só não aguento esse cheiro.
Maria riu ironicamente.
“No fim, não passava de frescura?”
Todas as janelas do quarto estavam abertas, e o calor dentro da sala foi rapidamente dissipado pelo ar frio. Maria não queria falar muito com ele, apenas desejava tomar um banho rápido e depois se enfiar debaixo das cobertas. Ela também não sabia se havia comido algo não muito limpo, mas sentia um des