Ela temia que fosse uma ilusão e, por isso, não ousava piscar os olhos.
- Eduardo...
Chamou-o ela com uma voz trêmula, fraca e sem forças, como se a qualquer momento pudesse desmaiar.
Finalmente, Eduardo abriu lentamente os olhos.
Maria ficou tão emocionada que por pouco não parou de respirar.
- Você... Acordou?
Ela chorou e sorriu ao mesmo tempo, parecendo um tanto cômica com o rosto desarrumado.
Porém, para Eduardo, ela parecia linda.
Com esforço, ele levantou a mão, acariciando os cabelos molhados de neve na testa dela, e murmurou:
- Você realmente me trouxe para cá.
Maria assentiu fortemente:
- Eu sou incrível, não sou?
Seus lábios, tão secos que estavam rachados e sem cor, ao sorrir, revelavam as rachaduras, fazendo ela parecer extremamente abatida.
Eduardo, com dor no coração, tocou seus lábios secos, murmurando:
- Incrível, você é a mais incrível.
Maria sorriu, feliz, mas fraca demais para se mover, apenas se aconchegando em seus braços.
Eduardo a abraçou, sentindo a umidade peg