O celular vibrou na mesinha de cabeceira, quebrando o silêncio do chalé mergulhado na penumbra da madrugada. Meu corpo despertou automaticamente ao ver o nome de Carol brilhando na tela.
Atendi de imediato.
— Cíntia, precisamos voltar pra casa. — A voz dela soou urgente, carregada de tensão.
Demorei apenas um segundo para me sentar na cama, o coração disparado. Henrique, ao meu lado, despertou no mesmo instante, percebendo minha inquietação.
— O que aconteceu? — Minha voz saiu mais alta do que eu pretendia.
Do outro lado da linha, Carol hesitou. Pude ouvir sua respiração rápida, trêmula.
— Cíntia… — Ela começou, mas sua voz falhou.
Meu estômago se revirou, e minha garganta se fechou em um nó sufocante.
— Carol, pelo amor de Deus, fala logo!
Henrique tocou meu braço, preocupado, mas eu mal sentia qualquer coisa além da ansiedade crescente dentro de mim.
— A fazenda pegou fogo.
O ar me faltou.
— O quê?
— Não sabemos como começou. A Irene ligou agora, eles não s