Assim que estacionei meu carro em frente ao casarão, eu ainda estava com um sorriso bobo no rosto. Tinha um dia longo de trabalho pela frente, e estar com o Henrique me fez deixar as preocupações de lado por um instante. Foi como uma pausa, mesmo que breve, da confusão que era minha vida agora — inclusive da volta da minha mãe, algo que eu sabia que precisaria enfrentar mais cedo ou mais tarde.
Desci do carro e caminhei para dentro do casarão da família Belmonte. Minha tia e o Fernando estavam na sala conversando, mas notei que eles não estavam sozinhos. Para minha surpresa — e leve desconforto —, Alonso estava lá.
— Bom dia, tia. Oi, Fernando. — Falei em tom educado, tentando ignorar a presença dele. No entanto, meus olhos não resistiram e encontraram os dele.
— Cíntia. — Alonso respondeu, levantando-se do sofá. Seu tom era calmo, mas havia algo na maneira como ele me olhava que parecia desafiar minha tranquilidade.
— Alonso. — Minha voz saiu firme, embora eu sentisse o peso daqu