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Capítulo 6: Minha coelhinha - parte 1

Jack soltou um riso baixo, satisfeito, enquanto erguia a omega e a jogava sobre o ombro com a facilidade de quem carrega um saco de algodão. 

— Me põe no chão! — Melia bateu nas costas dele com os punhos, tentando se contorcer. — Me solta agora!

— Continua esperneando, que isso só me dá mais vontade. — Jack ergueu a mão e deu um tapa na bunda nua dela, tão forte que o som ecoou pelo corredor. — Você vai amar, docinho. Até quem diz que não quer, sempre acaba querendo.

— Seu nojento! — Ela gritou, sentindo a pele arder onde ele tinha batido. — Me larga! 

Jack apenas deu outra risada, como se estivesse lidando com uma criança birrenta. Ele saiu do camarim com passos firmes, ignorando completamente os olhares curiosos de algumas meninas que espiavam discretamente pelo corredor. Muitas queriam ajudar, mas ninguém tinha coragem de enfrentar Corin ou um cliente alfa em plena boate.

Melia se debateu até os braços ficarem dormentes, mas nada adiantava. O corpo dele era rígido como pedra, e o ombro largo a prendia de um jeito que parecia impossível escapar.

— Para de gritar, porra — Jack resmungou, já irritado com a resistência. — Tá me dando dor de cabeça.

— Me deixa ir! — Ela cuspia as palavras entre lágrimas, a voz embargada de pânico. — Alguém me ajuda!

Ele bateu nela de novo, mais forte, e o choque fez o ar sumir dos pulmões dela por um segundo.

— Cala a porra da boca! — rugiu, os olhos vermelhos faiscando quando virou a cabeça para olhá-la de relance. — Você devia agradecer por eu te escolher, ômega de merda!

A frase fez o coração de Melia disparar de uma forma que quase doía. A lembrança de Van Smaill gritando aquelas mesmas palavras anos atrás atravessou sua mente como uma lâmina. O mesmo tom, a mesma ameaça, a mesma impotência.

— Por favor, não faz isso... — a voz dela desabou em um sussurro, quase implorando para o vazio. — Por favor...

Mas Jack não respondeu. Ele abriu a porta do quarto reservado com um chute e entrou, jogando Melia na cama como se ela fosse apenas um objeto de luxo comprado. O impacto fez o ar escapar dos pulmões dela num solavanco, e por um segundo ela ficou deitada de lado, tentando recuperar o fôlego.

Quando ela tentou se levantar, Jack a empurrou de volta com brutalidade.

— Fica quieta. — A ordem veio baixa, mas carregada de veneno.

— Não! — Melia girou para tentar rolar para fora da cama, mas ele a puxou pelo tornozelo, arrastando-a de volta para o centro do colchão.

— Você não vai a lugar nenhum. — Ele subiu na cama de joelhos, prendendo as pernas dela com o próprio peso. — Aceita logo que vai ser mais fácil.

Melia levantou a mão, numa última tentativa de reagir, mas Jack a deteve com um tapa tão violento que a cabeça dela girou para o lado, e as lágrimas escorreram misturadas com o gosto amargo de sangue que voltou à boca.

— Tá maluca de me bater? — Jack segurou o queixo dela com força, obrigando-a a olhar para ele. — Eu te mato, garota, juro que mato e ninguém vai sentir falta. Uma vadia a menos não faz diferença nenhuma pro Killer.

As palavras atingiram Melia em cheio, como se fossem lâminas enfiadas no peito. Ela fechou os olhos, chorando silenciosamente, mas mesmo assim continuou a tentar se soltar, mesmo sabendo que era impossível. Jack, por outro lado, parecia se alimentar daquilo. O sorriso dele era cruel, satisfeito, como se a luta dela fosse apenas mais um tempero para a noite que ele havia comprado.

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