A noite estava silenciosa, Melia estava encostada na janela do quarto, as luzes da ala principal apagadas, o cheiro de chá e café que alguns faziam para acalmar a ansiedade deslizando pelos corredores. Quando a porta abriu, ela achou que fosse um guarda, mas era ele.
— Vem comigo — Killer disse, mais baixo do que o normal e, depois de um segundo que valia ouro: — Por favor.
A loba ergueu a sobrancelha, surpresa com a palavra saindo da boca do alfa como se ele estivesse aprendendo um idioma novo.
— Uau… o “alfa ogro” sabe pedir por favor?
— Tô praticando, por sua causa — ele respondeu, sério demais para a piada, e isso fez Melia rir.
— Tá bom. Aonde?
— Telhado.
Ele estendeu a mão, Melia hesitou só o suficiente para sentir o peso da escolha, e colocou a própria mão na dele. Subiram a escada de serviço, passinho leve, evitando as tábuas que rangiam. O corredor era um túnel de penumbra. Killer empurrou a claraboia com o ombro e, num sopro frio, a noite caiu inteira em cima deles.
O telhad