O silêncio que ficou depois da retirada dos elfos era pesado, denso, quase palpável. A música tinha parado, as luzes ainda estavam acesas, as mesas cheias, mas nada parecia realmente em festa. A Dentes de Prata respirava em alerta, como um lobo ferido que se recusa a baixar a guarda.
Killer foi o primeiro a se mover, envolveu Apprys num abraço forte, protetor, um braço largo puxando a filha para junto do peito, o outro envolvendo Melia, que ainda sentia o coração acelerado demais para uma noite que deveria ser apenas de celebração. A jovem elfa se deixou acolher, o rosto enterrado no ombro do pai, os dedos apertando a camisa dele como se tivesse medo de que tudo aquilo fosse arrancado dela num piscar de olhos.
— Tá tudo bem… — Killer murmurou, a voz grave, baixa, só para ela ouvir. — Ninguém vai te tirar daqui, nunca.
Melia passou a mão pelos cabelos claros da filha, com aquele carinho de quem já perdeu demais para permitir que o destino volte a cobrar algo. Beijou a testa de Apprys,