- Me dá seu celular para eu gravar meu número. – ele pediu.
- Eu... Não tenho.
Ele arqueou as sobrancelhas:
- Não tem ou não quer pegar meu número? Se não quiser, tudo bem, é só dizer.
Eu sorri:
- Realmente não tenho um celular. Então não tenho como ficar com seu número.
- Burguesia sem celular? Isso não me parece muito real.
- Não gosto... – menti.
- E desde quando celular é questão de gostar ou não? Para mim é questão de sobrevivência. Gostar eu também não gosto muito, mas é como eu me comunico com as pessoas.
- Bem, então vamos ficar incomunicáveis. – fingi lamentar.
- Não mesmo. – ele disse chamando o barman, que ouviu algo e logo saiu.
- Ele deve achar você um chato. – observei.