Capítulo 14 - Boa noite Cinderela

- Me dá seu celular para eu gravar meu número. – ele pediu.

- Eu... Não tenho.

Ele arqueou as sobrancelhas:

- Não tem ou não quer pegar meu número? Se não quiser, tudo bem, é só dizer.

Eu sorri:

- Realmente não tenho um celular. Então não tenho como ficar com seu número.

- Burguesia sem celular? Isso não me parece muito real.

- Não gosto... – menti.

- E desde quando celular é questão de gostar ou não? Para mim é questão de sobrevivência. Gostar eu também não gosto muito, mas é como eu me comunico com as pessoas.

- Bem, então vamos ficar incomunicáveis. – fingi lamentar.

- Não mesmo. – ele disse chamando o barman, que ouviu algo e logo saiu.

- Ele deve achar você um chato. – observei.

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