Assim que as portas se abriram no térreo, Heitor saiu como um raio, o olhar desesperado varrendo o saguão do prédio. De alguma forma, alguém deduziu que algo havia ocorrido com Laura, como se o universo tivesse conspirado a favor deles. Uma equipe de socorristas já os aguardava, avisada por alguém que escutara o pedido de ajuda abafado pelo sistema de emergência.
 — Aqui! Ela está aqui! — gritou ele, a voz embargada, carregada de urgência e esperança.
 Os paramédicos correram ao seu encontro. Em poucos segundos, Laura foi colocada cuidadosamente em uma maca, com a bebê nos braços. Heitor seguia ao lado, sem soltar sua mão nem por um instante.
 Foram levados rapidamente ao hospital, onde mãe e filha receberam o atendimento necessário. Os batimentos estavam estáveis, a bebê saudável, e Laura, apesar do susto e do esforço, estava se recuperando bem.
 A médica se aproximou de Heitor com um sorriso admirado e sincero no rosto:
 — Parabéns, papai. Você manteve a calma e agiu rápido. Fez um