Mesmo assim, Bianca jamais deixou de amá-lo. Porque, no fundo, sabia que o Fernando que conhecera naquela segunda-feira comum ainda existia. Só precisava descobrir como trazê-lo de volta.
Enquanto isso, em outro ponto da mansão, Fernando também encarava o teto do próprio quarto. O sono não vinha. Por mais que estivesse exausto, o peso das lembranças não permitia descanso. Com um suspiro irritado, levantou-se, calçou o tênis e decidiu se exercitar.
Era madrugada, mas para ele pouco importava. Se o corpo não cedia ao sono, que ao menos liberasse a tensão com esforço físico. A academia da mansão, equipada com os melhores aparelhos, estava sempre à disposição. Tinha mandado construí-la justamente porque quase não tinha tempo de frequentar uma academia fora dali.
Logo o som metálico dos pesos ecoou pelo espaço amplo, misturando-se à respiração cadenciada. Fernando se concentrou na musculação, os músculos retesando-se sob a barra, mas a mente não cooperava. Cada repetição trazia mai