As crianças completaram um mês.
O tempo em casa passa diferente. No hospital, dentro daquela rotina pequena e repetida, parecia que o tempo parava. Aqui não. Aqui ele corre.
Até o silêncio da nossa casa é diferente. Engraçado pensar nisso. O hospital, mesmo pedindo silêncio, nunca está realmente quieto. Sempre há passos, portas, vozes baixas, gente indo e vindo. Aqui, o silêncio tem outro peso. Outra presença.
Com a Sônia e a Dinda, tudo tem sido mais leve. Eu e o Marcos aprendemos muito rápido a cuidar dos nossos filhos — e fazemos questão de cuidar nós mesmos. Já tiramos isso de letra.
O Luigi é mais grudado em mim. A Amélia, no pai.
Na verdade, todos os homens estão rendidos por ela.
Tenho conseguido trabalhar. Adiantei bastante coisa, claro que com pausas constantes para olhar os bebês. Com a rede de apoio que tenho, tudo flui melhor. Minha dinda está adorando a Itália e se diverte com a companhia da minha sogra. A Carla já está tentando convencê-la a ficar de vez.
Eu fico cansada