CAPÍTULO 2.4

Ele sorri pra mim, segura meu queixo entre seu polegar e o indicador, me dá um beijo breve – Eu entendi que a sua amiga está aproveitando a noite dela – volta a me beijar do mesmo modo que antes – e você deveria fazer o mesmo, baby – Ele me envolve nos seus braços e me beija apaixonadamente, estamos colados um no outro de tal modo que nem mesmo uma folha de papel poderia se colocar entre nós. Ele me puxa pra si e eu o sinto, sinto sua excitação. Ele agarra meus cabelos com uma das mãos enquanto a outra me pressiona contra ele. Ele me prova com tanta sede e o desejo entre nós é palpável. Nunca me senti assim, essas sensações são completamente novas pra mim. Nos quatro primeiros anos da minha relação com William eu era virgem, e depois que tivemos nossa primeira relação até hoje, eu nunca consegui ter um orgasmo. Agora esse homem aqui, diante de mim, me beija e apenas com isso me faz sentir coisas lá no meu centro que eu nunca consegui sentir, mesmo nua, em cima de uma cama com William. – Você me deseja baby, posso sentir – Ele vagarosamente enfia a mão entre as minhas pernas, enquanto continua a me beijar. Afasta a minha calcinha e enfia um dedo dentro de mim. Eu arqueio as minhas costas. Estou a ponto de ter uma convulsão de tanta excitação – Eu estou certo. Oh baby, você está tão molhada. Como pode nos negar isso? – Ele retira a mão. ─ Venha comigo querida. – Oh meu Deus eu quero isso, quero desesperadamente ir pra cama com ele. Eu sei que não devo, mas eu quero isso com todas as minhas forças.

Ele segura minha mão e me guia para a escada. Eu me sinto hipnotizada por ele e cada parte do meu corpo anseia pelo seu toque. Nós subimos os degraus e no final da escada entramos na primeira porta à direita. O quarto é bem amplo. Na parede em frente à entrada uma janela panorâmica. Junto à janela, no centro do quarto fica a maior cama que eu já vi na vida. Em cada lado da cama um pequeno móvel em madeira escura e um abajur em cada um deles. Nos pés da cama uma chaise em couro marrom escuro, do lado direito duas portas largas em madeira escura lado a lado, suponho darem acesso ao closet e ao banheiro. Assim que eu entro ele encosta a porta atrás de nós e me abraça por traz enquanto beija meu pescoço.

─ Você está me deixando louco – suas mãos acariciam meus mamilos por cima do tecido fino do vestido – Desde ontem quando te vi dançando sabia que eu precisava ter você. – Sua língua brinca no meu pescoço ─ Levante os braços, querida. – Eu obedeci. Ele puxou a barra do vestido retirando-o pela cabeça em um único movimento. Fico vestida apenas com um conjunto de calcinha e sutiã na cor branca e meus saltos. – Como você é linda. – ele fica parado diante de mim admirando meu corpo. Desvio meu olhar do seu, constrangida e tento me cobrir com as mãos. Afinal de contas, o único homem diante do qual eu fiquei sem roupas foi William. – Não. Não faça isso, não se esconda de mim. Você é linda e eu quero admirá-la.

─ É só que eu nunca estive assim na frente de mais ninguém além de...você sabe quem. E você me olha de um jeito...

─ Desejo. Eu te olho com desejo e admiração. Você é linda, Samanta, e você não tem ideia do quanto. Ele acaricia meu rosto, toca meus lábios com o polegar e em seguida me beija. Suas mãos abrem o meu sutiã e ele toca os meus seios suavemente com ambas as mãos. Ele me ergue do chão, em seus braços e eu envolvo minhas pernas em torno dos seus quadris. Nossas bocas permaneceram conectadas até que ele me coloca na cama. Se afastando um pouco para olhar pra mim – Você está exatamente onde deveria estar. Aqui, na minha cama. – Diz enquanto tira a camisa revelando um corpo escultural, ele deve se exercitar, pois o seu abdômen é perfeito. Sem tirar seus olhos dos meus ele tira a calça jeans e a cueca boxer preta e sobe na cama. ─ Linda! Você não tem noção do quanto você me deixa louco.

Seu corpo é perfeito, ele é forte e seus ombros são largos. De joelhos na cama, diante de mim, ele me beija, enquanto com uma das mãos provoca o meu mamilo esquerdo. Em seguida toma-o na boca e chupa por um longo tempo e meu corpo todo estremece. Depois, dispensa a mesma atenção para com o outro mamilo. Eu estou em um estágio de excitação do qual nunca experimentei. Eu quero tocá-lo, quero beijar seu corpo, quero fazer tudo que eu puder e ter tudo que ele estiver disposto a me oferecer.

Ele segue beijando meu corpo, descendo, descendo até encontrar o vértice entre as minhas pernas. Quando percebi o que ele iria fazer eu gritei: ─ Não! – mas ele ignorou e prosseguiu me beijando no meio das minhas pernas, brincando com a língua, depois chupando suavemente e depois mais forte, mais intenso e eu estou completamente louca. Isso é muito novo pra mim. William nunca fez isso comigo. Com ele era sempre o básico. Mas Jake era... Incrível. Ele arranca de mim os mais sensuais gemidos onde eu mal reconheço a minha voz. E antes que eu perceba eu estou implorando por tê-lo dentro de mim. – Por favor, Jake.

Ele afasta a boca e começa a massagear com o polegar o meu clitóris – Por favor, o quê, baby? Fale comigo querida, quero ouvir você. O que você quer ─ Mas eu não consigo colocar em palavras aquilo que eu preciso, eu estou sobrecarregada com todas essas sensações e isso só aumenta e aumenta e eu preciso desesperadamente de um alívio, acho que essa é a palavra: alívio. Ele continuou as investidas com a boca e minhas mãos desesperadas agarram o seu cabelo e puxam, eu preciso disso, preciso dele. Ele se afasta novamente e volta a me massagear com seu polegar – Goze pra mim, baby. – Ele diz entredentes.

─ E se eu não puder.

─ Como assim se você não puder? – Ele me olha estupefato – Você... é virgem? – ele pergunta incrédulo.

─ Não. Não é isso. – Eu me apresso em dizer ─ Eu apenas nunca...nunca...

─ Você nunca teve um orgasmo? É isso?

Concordei com a cabeça, eu queria morrer de vergonha. Não fui capaz de pronunciar mais nenhuma palavra. ─ Ele se aproximou do meu rosto, me deu um beijo suave e eu pude sentir o meu gosto em sua boca ─ Oh meu anjo, vou fazer você gozar. E você vai chamar meu nome. Vou ser o primeiro a te dar prazer. Ele se deita ao meu lado apoiado em seu cotovelo esquerdo e chupa um dos meus seios enquanto volta com o polegar provocar meu clitóris. Agarro seus cabelos com minha mão direita quando ele mordisca meus mamilos enrijecidos. Uma sensação foi aumentando dentro de mim, eu podia sentir essa mesma sensação se espalhando pelo meu corpo. E é tão intenso que eu não consigo absorver eu preciso extravasar isso. – Venha baby, se entregue pra mim.

Eu ouço gemidos saírem da minha boca e não consigo controlá-los – Oh Jake ─ Eu chamo seu nome e me perco. Meu corpo convulsiona por completo enquanto eu gemo palavras incompreensíveis. Ele me beija suavemente enquanto os tremores vão diminuindo.

É isso aí baby. Boa garota. – Ainda sinto meu corpo todo estremecer quando Jake fica em cima de mim e me beija – Preciso estar dentro de você, querida, agora – ele estica a mão e abre a gaveta do móvel ao lado da cama e pega uma embalagem de preservativo. Rapidamente ele coloca e posiciona seu membro duro na minha entrada. Suavemente ele começa a deslizar para dentro. Deposita um beijo na minha barriga e se aproxima do meu rosto. Eu ainda estou ofegante. Ele olha no fundo dos meus olhos por um tempo – Você fica ainda mais linda quando goza. Isso é um momento que eu quero ver muitas e muitas vezes ─ segurando minhas duas mãos acima da minha cabeça ele intensifica suas investidas. Uma e outra vez, enquanto me beija ardentemente. Ele empurra novamente até o fim e fica lá um tempo tentando absorver tudo. Em seguida retira e volta a me preencher. Seus movimentos ficam mais duros e ritmados e eu começo a me movimentar junto com ele, meus quadris parecem ter adquirido vida própria. Cada vez que ele vai até o fim eu vou chegando mais perto de transbordar novamente e a sensação vai crescendo mais uma vez ─ Quero você comigo querida, vamos lá. – E suas palavras me impulsionam a tal ponto que me perco completamente e quando eu chamo seu nome ele perde totalmente o controle – Oh Sam, você é minha, só minha. – e nós nos perdemos juntos.

Pouco a pouco vou retornando à realidade. Essas palavras que ele falou: “Você é minha. Só minha” me trouxe um sentimento de culpa. O que eu acabei de fazer? Eu acabei de trair meu noivo. Meu Deus, que tipo de mulher estou me tornando? Eu mal cheguei à Nova York e já estou fazendo loucuras. E se eu vier a me casar com Will? Como vou conviver com o fato de tê-lo traído? Uma lágrima escorre pelo canto dos meus olhos e ele limpa com o seu polegar. – Não querida, não chore, por favor. – Ele beija minha testa demoradamente ─ Não pense em nada. Somos apenas eu e você aqui e eu quero que você esqueça tudo lá fora. Ele se retira de mim, e vai até uma das portas que eu suponho seja o banheiro. Logo ele retorna, se deita ao meu lado e me puxa para encostar minha cabeça em seu peito. – Você está bem? Eu machuquei você?

─ Não, você não me machucou.

─ Não quero que você se sinta mal com o que acabamos de fazer. Isso foi maravilhoso Sam, não tire o brilho disso, Ok?

─ Ok.

Como é possível alguém que eu conheci, literalmente, ontem ser capaz de me fazer sentir tudo isso. Meu corpo reage automaticamente ao seu toque. É mágico. Como eu pude ficar tanto tempo com alguém que praticamente se negou a me dar isso? O fato é que William nunca se esforçou pra me dar, ele estava ocupado demais pra sentir seu próprio prazer. Ele me quer apenas como a esposa do político. Educada, inteligente, simpática, passiva e bonita pra ele mostrar para o povo e para as câmeras. Porque as mulheres com as quais eu sei que ele sai servem pra sexo, mas não servem pra primeira-dama. Mas como terminar um noivado estando em países diferentes? E pior: como fazer isso sem magoar as pessoas que eu amo? Esses problemas pairavam na minha cabeça, mas o cansaço falou mais alto e eu adormeci.

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