— Tenho que ir para o escritório fazer umas ligações. Você vai ficar bem sem mim por alguns minutos? — pergunta carinhoso, depois de me beijar na boca.
— Não vai demorar, vai? Quase não ficamos juntos hoje. Estou com saudades e quero ficar com você um pouquinho antes de dormir. — Ele sorri.
— Prometo que será coisa de meia hora, tá bom?
— Meia hora? — resmungo desanimada. Luís segura o meu queixo e eu finjo pensar no assunto.
— Acho que meia hora dá para aguentar. — brinco. Ele sorri ainda mais e me beija outra vez.
— Eu te amo, pequena!
— Também te amo, meninão!
O observo ir para o escritório e se trancar lá dentro e eu vou para o nosso quarto. Pego o meu livro e vou para a cama. Estou concentrada na leitura, quando o meu celular começa a vibrar em cima do criado-mudo. Eu me ajeito no colchão, para tentar alcançá-lo. É uma mensagem de um número desconhecido.
Desista, querida. Ele é meu.
Sempre foi e sempre será!
Encaro a tela do celular desnorteada e um pensamento me perturba...