Passo as próximas duas horas tirando todas as caqueiras de argila e os vasos de dentro da estufa, que são praticamente caixões ambulantes para plantas mortas há alguns anos, no mínimo. Limpo tudo, tiro a poeira, junto os galhos secos e murchos em uma sacola de lixo preta e a amarro quando ela já está totalmente cheia.
— Não esperava todo esse trabalho! — Resmungo e alongo o pescoço, depois a coluna.
— Talvez se tivesse aceitado ajuda… — A voz de Eli vem de trás de mim, me dando um baita susto.
— Você quer me matar do coração?! — Falo com uma mão no peito e outra na cabeça.
— Oh, pare. Não seja dramática. — Reviro os olhos para ele, que olha em volta parecendo impressionado.
— E então, tem esperança?
Falo me referindo a estufa, mas ele apenas concorda com a cabeça, uma expressão totalmente nostálgica está estampada em seu rosto.
Ele manca até uma parede que é metade de vidro e metade tijolos marrons avermelhados, puxa uma alavanca de metal no