07

Como havia dito anteriormente, Sky Wallace era agora a sensação do momento. Acho que ele nunca trabalhou tanto quanto agora. Mas o que eu poderia fazer? Não podia decepcionar o fã clube dele.

A foto que postei nu em cima da cama se espalhou rapidamente, e isso me tornou o alvo fácil para quem estivesse um tanto "carente". Curar carência não é problema pra mim, desde que a pessoa carente não queira continuar na "terapia" por muito tempo, muito menos grudar em mim.

Mas como nem tudo é perfeito, vamos ao que interessa...

Por causa do meu recente comportamento e pelo medo que eu acabasse com o nome da família, meus pais tomaram uma decisão drástica. Adivinhe? Decidiram me m****r para a terra da minha mãe... Coreia do Sul. Que merda! O que eu iria fazer na Coreia? Viver vigiado pelos meus avós maternos? Não vai rolar!

Eu já estava decidido a me impor e enfrentar meus pais, dizer que já estou bem velhinho para ser controlado por eles só pra preservar um sobrenome. Será que dessa vez o Príncipe consegue contrariar o Rei e a Rainha?

Aproveitei um momento do dia em que meu pai não estava em casa para ir conversar com a minha mãe. Andei até o quarto deles, e lá estava ela em cima da cama. "Mãe!"

Ela virou para mim. "Oi?"

"Quero conversar com você".

"Sente aqui" disse ela chegando para o lado.

Sentei ao lado dela e a olhei nos olhos. "Mãe, vou direto ao ponto... Eu não vou para a Coreia!”

Ela arregalou os olhos. Era engraçado ver aqueles olhos puxados de coreana abrindo dessa forma. “O quê? Por que isso?”

“Porque eu não quero. Minha vida é aqui! E não posso mais viver controlado por você e pelo meu pai só para manter a “nobreza” de um sobrenome. Eu já estou velho para isso!” É, realmente eu estava começando a enfrentar a Rainha, mas eu tinha certeza que seria pior com o Rei.

“Newton, você já parou para pensar na oportunidade que você está querendo jogar fora?” Era legal como o sotaque coreano suave da minha mãe soava.

“Que oportunidade? Viver sendo vigiado pelos avós? Não quero essa oportunidade!”

“Newton, você sabe bem que em Seul há grandes oportunidades de estudo e trabalho, ainda mais para você que tem inglês e coreano nativos, e ainda sabe outros idiomas também”.

Bingo! “Sim, idiomas que você e meu pai me obrigaram a estudar desde sempre. Omma, já estou decidido! Não vou para a Coreia!” Sempre que eu chamava minha mãe de “omma” (termo coreano para “mãe”) era quando queria ser convincente.

“Então você vai ter que resolver isso com seu pai!”

“Mãe, fala a verdade... O motivo de vocês quererem me m****r para a Coreia é para se preservarem da humilhação de serem pais do Príncipe Rebelde, não é?” Acho que acertei em cheio.

“Newton, como pode falar isso? Nós sempre te amamos! Mas você realmente tem passado dos limites”.

“OK, mãe! Vou conversar com ele então”.

Saí do quarto dela e voltei para o meu. Tudo que eu precisava naquele momento era de uma distração, uma maneira de aliviar o estresse. E qual a melhor maneira de fazer isso? “Brincando”, é claro! Lembrei logo da minha amiga Hilary que ainda estava na cidade, e como havia prometido a ela na noite em que conheci o Josh, eu deveria sair com ela. Peguei meu celular e liguei pra ela imediatamente.

“Hey, Newton!” A mesma voz animada de sempre.

“Hilary, como está?”

“Bem. Estou só entediada. E você?”

“Eu também. Está afim de sair agora?”

“Claro! Aonde vamos?” A Hilary era sempre assim, quase nunca recusava um convite.

“Ah, sei lá! Você está em que hotel?”

“No Royal Park Hotel, suíte 1001.”

“OK, fique aí. Vou aí agora te buscar e então decidimos o que fazer”.

“Tudo bem, estou esperando”.

Meu caminho até o Royal Park Hotel foi mais rápido que nunca. Sair desse tédio! Acelerei muito até lá, acho até que passei do limite de velocidade em um trecho. Liguei o rádio alto dentro do carro e fiz questão de me envolver naquele Rock ‘N’ Roll.

Logo que cheguei ao hotel, corri para a recepção e disse que a hóspede da suíte 1001 estava a minha espera.

“Pode me confirmar seu nome, senhor?”

“Newton Wallace.”

A recepcionista verificou no sistema. “Certo, o elevador é logo ali” disse ela apontando a direção. Esses hotéis 5 estrelas eram sempre assim, todo mundo parecia sempre super feliz e tratavam os hóspedes como verdadeiros reis.

Cheguei até o 10º andar e andei direto para a porta da suíte dela. Toquei a campainha e esperei a resposta.

“Pois não?” Disse ela de dentro.

“Tenho uma pessoa me esperando” respondi em tom sarcástico.

No mesmo instante a porta abriu, e ali estava ela enrolada em um roupão. Hilary era uma jovem linda, corpo de modelo praiana... Isso era perfeito para ela, visto que ela morava bem no coração de Hollywood, em Los Angeles. Seu cabelo loiro e comprido davam um tom lindo misturado com a pele bronzeada.

“Sempre engraçadinho, não é?”

“E é assim que você gosta, não é?” Entrei na hora e roubei um beijo rápido.

“E como não podia faltar, sempre atrevido também.” Disse ela, rindo.

Sentei logo na cama e fiquei admirando a Hilary procurando uma roupa ideal. “Você chegou muito rápido! Nem tive tempo de escolher o que vestir.” Ela pegou um vestido vermelho do tipo sexy e um azul, e então me mostrou os dois. “Qual desses?”

“Sei lá!”

“Que droga, Newton! Não pode nem me dar uma opinião?”

“Você vai ficar linda com qualquer um!”

Ela soltou uma risada. “E como está a vida?”

“Hilary, vou te dizer... Estou em um dilema. Acredita que meus pais querem me obrigar a ir para a Coreia?”

“Nossa! Por quê?”

“Por causa do meu ‘mau’ comportamento. Desde que a Mariah vadia deu aquele vexame na Midnight e fomos parar na Internet e mais aquela foto que a Jennifer piranha postou, tudo só piorou.”

E você já tentou se impor?”

“Falei com a minha mãe hoje, mas como já imaginava, ela não resolveu nada e deixou a bola nas mãos do meu pai.”

“Ah, sempre o Rei, né?” Ela riu.

“Pois é! Estou muito irritado com isso! O que eu vou fazer na Coreia? Fala sério!”

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