Grace
Estremeci assim que a fisgada ácida pulsou entre as minhas coxas. Embora os machucados me queimassem, ele permanecera impiedoso, quase voraz na ânsia de saciar-se.
Ainda no quarto dele, terminamos entregando-nos outra vez, até que, enfim, ele telefonou para Luca e tratou dos cortes que marcavam a minha pele.
Fiquei estendida sobre o colchão, tentando decifrar aquele turbilhão de sensações, enquanto ele deslizava um pano morno pelo meu corpo.
Não pronunciei palavra alguma, e ele tampouco me obrigou a falar. No fim, compartilhávamos o mesmo colchão, sob lençóis que ainda guardavam o perfume daquela noite.
Nesse instante, ele jazia a poucos centímetros, a mão quase roçando a minha, e o meu coração martelava tão alto que se recusava a encontrar repouso.
— E agora, como chamamos o que aconteceu entre nós? Foi apenas uma vez ou o quê? — Apertei os lençóis com força.
— Quero que fique ao meu lado. Pode permanecer como desejar, Pequena Borboleta. Pode ser minha namorada... ou minha espos