( Passado)AlyssaHoras depois, a porta se abriu, revelando Phil, com um sorriso confiante no rosto, que morreu, assim que observou o sala sem as flores. — Alyssa? Onde estão as flores que mandei pra você?Ela se levantou com a fisionomia fechada. — Conversaremos no caminho sobre isso. — Consultou o relógio. — Estou com fome. Ele voltou a sorrir.— Perfeito! Então... — Nesse instante ele parou de falar assim que pôs os olhos em Klaus. Alyssa percebeu sua tensão. — Quem é esse?Alyssa olhou para Klaus, que estava a ponto de explodir. Seus punhos estavam cerrados, a mandíbula tensa. Mas ele se manteve em silêncio, a máscara de profissionalismo em seu rosto, escondendo a fúria que o consumia. — É o meu assistente. O nome dele é Klaus Ferranti. Naquele momento, Phil fixou os olhos em Klaus numa evidente rivalidade. Apenas acenou de leve com a cabeça. — Certo. Então vamos!Ele a pegou pela cintura, mas Alyssa se desvencilhou do contato. — Vá na frente. Preciso passar umas in
Alyssa, coração acelerado, respirando fundo, deixou lágrimas fluírem de emoção. A surpresa inicial, foi logo substituída pela paixão que estava contida pelos momentos de tensão. Mas agora, nada mais os impediria. Trêmula com a intensidade nas palavras de Klaus, sussurrou: — Eu também te amo. Mais do que imagina. Ele exibiu um sorriso lindo de acelerar mais ainda seu coração apaixonado. — Oh, princesa... Você é tudo o que eu sempre quis.Ele a carregou em seus braços, distribuindo beijos curtos em seu rosto úmido pelas lágrimas. Sentou-a na mesa, encaixando-a entre suas pernas. Suspiraram ante o contato entre seus sexos sedentos de paixão. Um beijo explosivo, audacioso e que os consumia em prazer, tragava-os para um mar de delícias que só eles conseguiam explorar.As mãos inquietas deslizavam por cada curva, cada canto do corpo do outro, intensificando o fogo que ardia entre eles. O beijo terminou, não por falta de desejo, mas pela necessidade de ar. Ambos ofegantes,
No dia seguinte, Alyssa havia acabado de entrar na sua sala, quando recebeu uma notificação inesperada no celular corporativo." Damon? O que seria desta vez?"Uma onda de apreensão, misturada com uma pitada de curiosidade, a invadiu. Seu coração batia forte no peito, um ritmo frenético que ecoava o turbilhão de emoções em seu interior.Não era o perfil do seu irmão metódico, o caçula e braço direito de seu pai na Companhia Petrakis, chamá-la para conversar tão cedo, a menos que algo muito sério estivesse ocorrido na empresa." Será que ele sabia que ela e Klaus estavam juntos? Ou pior, o pai descobriu?"Um nó se formou em sua garganta. Damon raramente a contatava. Não eram tão próximos, pois ele e Lucca eram os queridinhos do pai e aquilo por muitos anos a magoou. Na empresa se limitavam às mensagens formais, cada um respeitando seus espaços, embora não gostasse nem um pouco da namorada de Damon, Nayra uma atriz grega considerada vulgar e interesseira.Estava tão perdida em pensa
( Presente)KlausOs visitantes se aglomeravam no stand de Klaus, que tinha uma decoração acolhedora e elegante, refletindo a sofisticação do seu vinho Assyrtiko. Uma grande mesa de madeira escura, polida, ocupaca o centro, onde o vinho branco Assyrtiko ficava exposto, em destaque e era oferecido aos visitantes.Imagens das vinhas escalonadas em encostas vulcânicas decoravam as paredes, além de um mapa de Santorini, destacando a localização das vinhas e a proximidade com o mar Egeu. Os colaboradores de Klaus explicavam, com entusiasmo, o processo de cultivo e as características únicas do produto. O ambiente estava perfumado sutilmente com o aroma do vinho, criando uma atmosfera relaxante e convidativa. Vasos com flores brancas, típicas da região, adicionava um toque de frescura e elegância ao espaço.No entanto, mesmo com a repercussão positiva do seu stand, continuava chateado, por ter voltado do stand de Alyssa sem poder conversar com ela, graças ao maldito Phil!Aquele ame
Klaus e Hilda escolheram uma mesa na área externa do restaurante, sentaram-se frente a frente, fizeram seus pedidos e aproveitavam o clima fresco do dia. Hilda, como era da sua natureza extrovertida, tentou animá-lo com uma conversa descontraída sobre situações corriqueiras que aconteciam nos bastidores do Festival Sabor Mediterrâneo — Sabe, amigo, até que gosto de todo esse alvoroço.... Vou passar um ano inteiro morrendo de saudade até o próximo festival , mas nossa, acontece cada uma! Klaus arqueou a sobrancelha, curioso.— O que foi dessa vez?— Não é que um chef de cozinha do stand Loucodelícia estava todo orgulhoso na preparação de souvlaki., num certo momento ele se distraiu e um gato veio e roubou uma boa parte da carne de porco?— Sério? — Klaus sorriu, impressionado com a esperteza do felino. — E o que ele fez? Conseguiu recuperar?— Não. Veio reclamar pra mim como se eu tivesse culpa de ele ser lerdo. E sabe o que respondi? Perguntei a ele se queria que eu mandasse os
Klaus avistou Alyssa observando-o intensamente do segundo andar do restaurante, uma espécie de varanda panorâmica, com vista para o mar Egeu. Ele sentiu um inevitável tremor percorreu o seu corpo, mas a cena mudou rapidamente. Verona e Rui puxavam suas mãos.— Tio, tio, um abraço! — O menino falava, animado e a irmã o imitava.Não podia negar pedidos tão inocentes daquelas crianças adoráveis. Deu-lhes um abraço singelo e elas agradeceram. Após eles e a mãe irem embora, Hilda se juntou a Klaus no aceno de despedida, e em seguida, ele voltou seu olhar para o lugar em que tinha avistado. Ela havia desaparecido. Um aperto de decepção o atingiu. O destino não o favorecia em nenhum instante? Ela certamente aproveitou sua distração com as crianças para fugir.Hilda, estranhando o o fato de ele não tirar os olhos do prédio, questionou:— Olhou alguma alma penada? Você está pálido...— Eu vi a Alyssa.Ela franziu o cenho, cética.— Vejo uma mesa e cadeiras vazias. Certeza?— Sim. Se eu
( Passado) KlausKlaus saiu do táxi, trazendo consigo uma mochila. Com um boné, óculos escuros, bermuda jeans e camiseta preta, observava o ambiente com atenção, enquanto se dirigia para a área de embarque do Porto de Pireu.Mais uma vez olhou para a tela do celular. A Internet não funcionava. Suspirou, chateado.Ficou parado por um instante. Um mar de gente se movia entre as filas de passageiros, uma sinfonia de línguas estrangeiras ecoando entre os guinchos das cordas e o ronco profundo dos motores das embarcações.À frente, o azul profundo e intenso do mar refletia o sol, salpicado pelas ondulações criadas pelos barcos que entravam e saíam do cais. A água cintilava e seus olhos percorriam a paisagem com interesse, buscando familiaridade em meio aos velhos edifícios de pedra, desgastados pelo tempo e pela maresia, que se misturavam a estruturas modernas de aço e vidro, criando um contraste visual peculiar. Barcos de pesca, pequenos e desgastados, se agrupavam perto de iates lux
— Que delícia! Klaus exclamou enquanto voltava a se servir pela terceira vez dos espetinhos de camarão grelhados, regados com suco de limão siciliano e ervas frescas preparados por Lorena.A senhora fez um banquete. Além dos espetinhos, havia salada grega, bruschettas de tomate e manjericão, frango grelhado, frutas frescas, suco natural de laranja e vinho branco. Tudo foi apresentado com elegância, em uma mesa posta com cuidado, aproveitando a vista deslumbrante do mar Egeu.Divertindo-se, Alyssa o provocou:— Cuidado, Klaus, se não você vai ficar com uma pança enorme e em Hydra não tem carro para fazermos nosso passeio.— Ah, droga, eu havia esquecido desse detalhe! Vou repetir só mais uma vez. — Espero. Ouvi essa mesma frase a uns minutos atrás. Ela pegou uma bruschetta e meteu na boca de vez, mastigando com vontade e soltando gemidos de satisfação.Poderia ser um gesto natural, mas vindo de Alyssa, a provocação estava num estágio avançado para a sedução. Percebia que o olhava