Capítulo 4
As pupilas de Aurelio se contraíram e sua respiração se tornou ofegante, como se tivesse sido atingido por uma bala.

Ele cambaleou um passo para trás, mas o instinto o forçou a se manter firme.

— Impossível! Ela estava estável quando eu saí. — Ele gritou. — Ela tinha força até para maltratar o cachorro de Luísa, como poderia ter morrido de repente? Isso deve ser um truque para chamar minha atenção. Eu não te disse para não cair nas armadilhas dela?

O secretário se encolheu diante de sua fúria:

— Sr. Aurelio... o corpo da senhora está na sala de parto ao lado. Fizemos um teste de DNA... É realmente ela.

— Você sabe o que acontece com quem me engana!

Aurelio, ainda incrédulo, correu para a sala de parto ao lado.

Sob a luz branca e brilhante, um corpo coberto por um lençol branco até a metade jazia no chão.

Ele reconheceu claramente aquele rosto magro e sujo, que se sobrepôs à imagem em sua memória.

Aproximou-se, trêmulo, olhando para o corpo imóvel, ainda resistindo à realidade.

— Cecíli
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