O sol já estava alto quando Luiza deixou o galpão, mas o calor que ela sentia não vinha da manhã. Vinha de Alex, de cada gesto contido, de cada toque que agora queimava lembranças e promessas em sua pele. O rubi pulsava em sua mão, vibrando com intensidade, como se estivesse vivo e consciente da escolha que ela acabara de fazer.
Ela caminhou lentamente pelo pátio, ainda sentindo o arrepio que percorria a espinha. Cada movimento lembrava o contato dos lábios dele, a firmeza dos braços, o calor do corpo próximo. Mas junto à excitação, havia consciência: aquela proximidade tinha consequências, e Lucas não ficaria apenas à margem.
Quando entrou no prédio principal, encontrou Lucas sentado à mesa de reuniões, os dedos tamborilando de forma nervosa. Ele ergueu os olhos e sorriu, um sorriso diferente, mais astuto e estudado do que o habitual.
— Bom dia, Luiza — disse, como se nada tivesse acontecido. Mas a intensidade nos olhos dele denunciava que ele sabia. — Parece que você teve uma noite