Justin
Saí do banheiro com uma toalha enrolada na cintura, o vapor quente ainda preenchendo o ar do quarto. Estava distraído, pensando no jantar e em Matondo, quando um vulto na cama chamou minha atenção. Meu coração quase parou ao ver Epifania sentada ali, como se aquele fosse o lugar mais natural do mundo para ela.
— O que fazes aqui? — perguntei, tentando conter o tom de irritação e surpresa na voz.
Ela se levantou devagar, com aquele ar malicioso que sempre carregava. Seus olhos encontraram os meus enquanto caminhava até mim.
— Vim relembrar os velhos tempos — disse ela, sua voz soando como um sussurro. — Lembra quando nos encontrávamos às escondidas para brincar sempre que vínhamos aqui?
Sua mão subiu lentamente, brincando com a ponta da toalha amarrada na minha cintura.
Instintivamente, segurei o pulso dela e tirei sua mão dali.
— Para com isso, Epifania. Vai embora antes que alguém te encontre aqui... ou pior, antes que a Matondo te encontre aqui. O que existia entre nós morr