Lucy virou as costas, saiu passando pela porta pisando duro e seguiu pelo corredor em direção à saída do hospital, sendo seguida em passos largos por Nice. Betão permaneceu no mesmo lugar e ouviu Gabriel em uma chupanga como se fosse um animal feroz ferido.
– Merda, merda, merda, droga seria melhor não ter se esforçado tanto e ter morrido lá!
O silêncio que se instalou foi estarrecedor, Betão resolveu entrar no quarto para ver o que estava acontecendo, e viu Gabriel quase sentado na cama, com o travesseiro nas costas, encostado à cabeceira da cama, o enorme cabelo em total desalinho, as lágrimas escorrendo pelo rosto umedecendo a espessa barba. Betão o cumprimentou:
– Oi, e aí, tudo bem?