— Você esqueceu a chave do carro e voltou para pegar, foi isso?
Indagou o delegado Gustav Schneider, conhecido naquela cidade como “o caçador” embora relutasse um pouco com a alcunha de longa data, gostava quando a imprensa o chamava o apelidava daquela forma: aumentava sua autoestima um tanto elevada. Mas não era apenas pundonor, Gustav Schneider costumava tirar evidências e confissões num piscar de olhos, além de desbravar tentativas e assassinatos em poucos dias, colocando os malfeitores atrás das grades.
Na cadeira dos “réus” estava Aaron Stein. O sobrenome de peso não o fez torcer o nariz, ainda que quisesse, claro.
— Sim, senhor.
— E qual o intervalo de tempo entre sua saída do apartamento do jovem Adam Schultz Becker e seu retorno? — Perguntou.
Lógico que Schneider já havia visto os vídeos das câmeras, fez uma petição assim que soube do ocorrido.
— Uns quinze minutos, eu acho. Um pouco menos, talvez!
Vilma Weber, a escrivã, estava atenta a cada detalhe e digitava com certa