Quando o encaro, nem mesmo um cumprimento sai de mim, meu semblante sério e firme apenas o observa atentamente enquanto ele passa a mão várias vezes pelo cabelo.
—Como você está? Eu a vi quando você subiu no elevador e a chamei, mas você não me ouviu.
—Sim, talvez... —respondo secamente.
—Pa... Parabéns pela sua formatura. E... E também pelo projeto, é algo grande.
—Obrigada.
Seu rosto começa a ter pequenas contrações nervosas que o fazem parecer pouco atraente, algumas palavras querem continuar a gesticular, mas seu nervosismo é tão evidente que ele não consegue controlar.
—Ângelo nos disse que você vai ficar aqui por um tempo.
Eu não digo nada, e a verdade é que não quero seguir a conversa, não quero ser gentil, não quero parecer gentil. Também não quero fazer com que ele veja que pode falar comigo sempre que quiser. O que eu quero realmente é que ele nunca mais fale comigo.
—Eu gostaria que, em algum momento... —ele diz novamente, ainda com medo.
Mas suas palavras morrem em sua boc