ORION DOMINUS.
O que aproxima não é o amor, é o reconhecimento mútuo da ruína.
Precisava dela viva.
Precisava dela aqui.
Mesmo que me odiasse.
Mesmo que nunca me perdoasse.
Precisava dela ao meu lado.
Porque a alternativa — um mundo onde ela simplesmente não existisse mais — era insuportável.
Não é assim que eu queria que nossa relação fosse.
Não é assim que quero que continue sendo indefinidamente.
Não sei quando, nem em que momento exato, comecei a querer algo genuinamente diferente entre nós.
Não sei quando parei de vê-la apenas como a viúva inconveniente de Victor.
Não sei quando comecei a vê-la simplesmente como… Anya.
Como pessoa própria, separada de qualquer outra conexão.
Talvez tenha sido naquela noite na banheira, quando quase a perdi.
Talvez tenha sido antes, e eu apenas estava cego demais para reconhecer.
Ou talvez… talvez tenha sido desde aquela primeira vez que a vi nos jardins, anos atrás, quando ela ainda era apenas minha prometida e eu era apenas