Na segunda-feira, Daniela conduziu Rafael para a fisioterapia e o viu fazer exercícios mais avançados. Ele levantou da cadeira de rodas com ajuda do fisioterapeuta, mas não conseguiu ficar muito tempo de pé e Daniela viu a decepção no semblante dele, mas aplaudiu e deu um sorriso para animá-lo. Ele ainda tinha o físico bonito e forte, mas se demorasse muito tempo sem caminhar a tendência era ir atrofiando.
Daniela aprendeu a amar Rafael, mas era um amor diferente; era quase como amar um irmão.
Quando chegaram à casa dele, jogaram cartas e viram televisão, enquanto a enfermeira não aparecia.
— Por que não fica e passa a noite aqui comigo? — Rafael perguntou enquanto beijava a mão dela.
— Sabe que não posso, Rafa. Tenho uma criança pequena em casa.
— Eu estava pensando que qualquer dia desses a gente podia fazer um piquenique; eu, você e o Enzo — Rafael falou com entusiasmo.
— É uma excelente ideia.
Rafael ajustou a cadeira de rodas para mais perto do sofá e perguntou:
— Já disse hoje