Thais de la Viega trabalha como revisora de seguros, na DSA. Depois de uma promoção inesperada, ela começaram a trabalhar diretamente com seu chefe, por quem nutre uma paixão platônica. Mas toda admiração virá decepção, após conviver com um homem egoísta, que faz de tudo para testar seus limites. Diogo Stone é um homem ferido pelo destino, após perder sua filha, em um trágico acidente, se transformou em um homem amargo e mal humorado. Sua dor causou uma repulsa por todos ao redor. Mas o inesperado aconteceu, Thais despertou seu lado sensível, deixando-o sem opção para se afastar. A dúvida é se ela suportará seu temperamento bipolar, mesmo estando perdidamente apaixonada por ele.
Ler maisMais um dia de trabalho, visto um terninho cinza, com minha blusa de seda rosa, não sou muito vaidosa, mas gosto de estar bem arrumada. Pouca maquiagem, amarro meu cabelo num rabo de cavalo alto, estou pronta. Saio do quarto a April fala alto.
- Thais, venha comigo! Vou te dar uma carona hoje.
- Você está indo para DSA?
- Não, mas tenho uma reunião perto do seu trabalho, deixo você lá!
- Só um momento, vou pegar minha bolsa.
April é minha melhor amiga desde a infância, quando nos formamos resolvemos morar juntas. Antes morava com meu pai, mas ele não me deixava fazer nada. Morar com ele, tudo era complicado, afinal, quando minha mãe foi embora, ele passou a desconfiar de tudo. Mesmo sendo uma decisão difícil, tive que optar por sair de casa. Eu precisava de liberdade para poder seguir meu caminho.
Eu amo meu pai, mas ele reclama demais e não entende que eu preciso ser independente. Eu sei que ele me ama, mas você acabou discutindo com ele todos os dias. Lembrando minha mãe antes de ir embora.A única que sofri com isso tudo fui eu, que estava sozinha com toda responsabilidade, me mantenha pai saudável e responsável. Finalmente, tirei minha lista de responsabilidades e desisti de lutar contra sua teimosia.
Tia Verônica nos ajudou muito quando ela nos deixou, ela disse que eu deveria viver minha vida, e parar de me preocupar com meu pai. Ela acabou me convencendo de que eu deveria ir viver minha vida sem a interferência dela.
Desde então me mudei para Boston, onde moro há um ano. Eu trabalho em uma companhia de seguros, desde que comecei. Meu chefe nunca mais caiu comigo, quando ele entra na mesa, todas as mulheres suspiram. Até os homens o invejam. Ele é aquele tipo de chef perfeito, bonito, inteligente e intimidador. Sonhei com ele várias vezes, tanto me agarrando quanto gritando comigo.
Porque ele grita todos os dias como o meu chefe, para a Sílvia. Quando sua voz vibra pelos corredores, todos sabem que ela é como ela. Silvia é ou saco de pancadas dá pra ele.Hoje cheguei ao escritório cedo, graças a Carona da April.
- Bom dia, falei com uma recepcionista com cara de namorado. Ela nunca responde, mas tem uma questão a preencher.
Sentei na minha mesa que fica em frente à mesa de da Silvia. Ela sempre chega mais cedo, mais folha ainda não tinha chegado.
- O que aconteceu hoje? Porque ela nunca se atrasa. "pensei".
Eduardo meu amigo do trabalho chegou, então perguntei.
- Cadê a Sílvia, Ed?
- Ela foi despedida ontem, você já tinha ido embora.
- Não acredito! - O que aconteceu?
- Ele gritou com ela, e a despediu.
Depois de humilhar ela na frente de quem estava aqui. Disse que ela era incompetente, por ter aprovado o seguro do Sr. Jorge.- Mas ele estava atendendo todos os requisitos!
- Eu sei, também não entendi. - Ele tem dessas coisas, não é? - Agente sabe que tudo tem que ser aprovado por ele antes.
- Como a Sílvia aprovou?
- Eu não sei, só escutei os berros, mandando ela embora. Agora, é você que vai assumir o cargo, minha guerreira.
- Eu?
- Sim, você.
- Ai, meu Deus! -Eu não estou preparada!
- Agora não dá tempo minha linda, porque a fera acabou de chegar. -Boa sorte!
Escutei seus passos vindo em minha direção, não tive coragem de me virar para olhar.
- Thais de La Viegas, na minha sala agora!
Entrou em sua sala, me deixando em pânico. Respirei fundo, tentando controlar o nervosismo, ele nunca falou comigo. Agora diz o meu nome dessa forma agressiva. Que homem estranho. O que eu mais temo, é que ele comece a falar comigo como falava com a Silvia, eu não vou virar capacho de ninguém. Muitas vezes vi a Silvia chorar de nervoso, temendo por seu emprego. Ela nunca falou mal dele, ou se queixou de alguma coisa. Eu teria esmagado aquele homem gostoso, se ele tivesse falado a metade das coisas que disse a ela.
Eu sou uma boa profissional, mereço respeito e tratamento digno. Aliás todos merecem ser tratados com dignidade. Não é porque tem poder e dinheiro, que precisa pisar nas pessoas.
Perdida nos meus pensamentos, Ed me balança.
- Oi Garota! - Acorda! - Vai logo!
- Droga! E agora Ed?
- Thais!
A voz do inquisitor ecoou pelas paredes. Eu nunca tinha entrado na sala dele. Entrei timidamente ele me olhou.
- Senhor?
Sem me olhar ele disse...
- Você ficará no lugar da Silvia, e não se atreva a cometer o mesmo erro que ela. - Pegue para mim todos os contratos e deixe na minha mesa.
Fiquei parada, como uma estátua, os meus olhos pareciam querer saltar para fora. Ele era louco, arrogante e extremamente lindo. E estava mesmo falando comigo.
- Thais?
- Thais!- Oi... Senhor?
- Você é lesada, ou o quê? Vai logo!
Estou esperando!- Sim...sim... Senhor.
Minhas pernas foram no automático, até a antiga mesa da Silvia. Peguei os contratos, puxei o ar e entrei novamente na sala dele, com os documentos nas mãos. Ao ver ele de tão perto, novamente fiquei travada.
Ele notou que eu estava parada, disse:
- Deixe-os em cima da mesa, e pode ir organizando os novos contratos.
Mesmo nervosa com a situação, fui colocar os contratos na mesa. Tropecei no tapete, jogando todas as pastas para o auto, caindo de testa na ponta mesa.
- Aí! Meu Deus estou tonta! Acho que está sangrando!
Percebi que ele correu e colocou um lenço na minha testa e começou a gritar.
Ed preocupado, foi o primeiro a aparecer.
- Eduardo, pega logo alguns cubos de gelo! A louca aqui, tentou se matar na minha frente!
- Louca? Jesus! Pensei irritada.
O Ed entrou com um saco de gelo. Senti escorrer, um líquido entre meus olhos.
- Senhor, acho que o gelo não vai funcionar, disse Ed preocupado.- Ligue para emergência, ou para o Ford meu motorista. Tirem logo ela daqui, está sujando todo meu tapete.
Com dificuldade levantei, ainda meio tonta e tomada pelo ódio, perguntei.
- Isso é sério? Estou sangrando, e você está, preocupado com o seu tapete? Sabia que você era um idiota, mas a sua crueldade é tanta assim?
- Thais você tá bem?
Ed perguntou preocupado. E o cretino do meu chefe me olhava desacreditado.
- Você bateu a cabeça com força mesmo. Porque ninguém fala assim comigo!
Eu corajosa e tonta continuei...
- Você deveria ter levado uns tapas quando era criança, para tirar essa arrogância e essa crueldade.
- Thais! Ed me advertiu preocupado.
Se ele quiser me despedir, que despeça Ed. Tenho até raiva de mim, por ter sonhado beijar a boca desse homem.
O sangue começou aumentar...
- Eu estou ficando tonta... falei e cair.
Acordei na ambulância. Olhei para o lado, tinha um enfermeiro.
- Pra onde estão me levando?
- Para o hospital, estamos quase chegando.
Me levaram pelo corredor para fazer alguns exames, levei alguns pontos no corte, e o médico disse.
- Felizmente sua ferida foi superficial, pode ir embora, em caso de dor, tome esses remédios. O seu acompanhante, está te aguardando lá fora.
Ed me esperava no corredor.
- E ai? Como está?
- Acho que bem... disse colocando a mão sobre a ferida.
- Sr Diogo, liberou agente pelo resto do dia.
Sério? O sem noção nos deu o dia de folga?
- Você é louca? Lembra o que disse a ele?
- Não, estava zonza só me lembro de ter ficado com raiva.
- Garota, você falou coisas a ele que foi uma loucura, mais eu adorei.
- O quê eu falei?
- Deixa pra lá, vamos? Vou te levar pra casa.
Assim que entramos sem carro, nem celular do Ed tocou.
- Olá! Sim senhor...Tá sim...
Ok. Parece que sim... Não. É bom, então. Obrigado senhor. Até amanhã. Tchau.Desligou.
- Ou o que Ed disse? Eu perguntei, morrendo de curiosidade.
- Que voz louca você é!
- O que ?
Kkkkk... ri...- Tô pulando.
.Nossa reconciliação foi melhor que imaginei. Senti que nosso amor era realmente tudo que precisava. Tive certeza que nosso sentimento era mútuo. Sem receios, sem segredos e sem preocupações. Conseguir uma família linda, com a certeza de que o amor poderia vencer desafios. Relacionamentos precisam de amizade, confiança e perseverança. Lutar por amor é lutar por nós mesmos. Por nossa felicidade temos que abrir o coração. Estar livre para dizer e viver o que sentimos. Os dias vão parecer difíceis, novos problemas vão aparecer, mas se ainda existir amor nada vai persistir. Preciso estar consciente que nosso amor vai ser lindo se eu conseguir manter minha sanidade e paciência. Aprender a escutar o coração antes da razão. Para que nossa Vitória, permaneça numa família que seja forte. Construída em um lar cheio de amor e felicidade. Tudo vai mudar apartir de agora. Dividir meu tempo, em ser mãe e esposa. A minha pequena precisa de mim, mas meu marido também. Eu preciso dos dois
Depois de algumas horas de amor, eu não resistir e liguei para April. Queria notícias da minha pequena Vitória. Depois de saber que ela estava bem. Voltei para os braços do Diogo. Curiosa perguntei... - A Susan e a Flora, estão mesmo em um relacionamento? - Sim... descobrir há um mês. Quando a Susan me contou que está pensando em se casar. - Elas vão se casar? Porque ela não me disse nada? - Estávamos brigados, ela achou melhor esperar nossa relação melhorar. - O que tem haver? - Ela quer nois dois como seus padrinhos. - E a Flora aceitou? Ela não parece gostar de mim. - Eu acho que ela gostou demais, achou que você poderia ser uma rival. - Rival? - Sim... Talvez, seduzir a Susan, não sei... parece loucura tudo isso. - O amor, o ciúmes...é inexplicável mesmo... - E como a Susan conseguiu ser chefe tão rápido? Ela investiu uma boa grana na DSA comprando quase todas ações da empresa. Acho que ela só não comprou as minhas, porque sou acionistas majoritário. - Por isso t
Assim que entrei, um calor subiu pelo meu rosto. Fiquei parada perplexa. Flora estava sentada no colo do Diogo acariciando seu rosto. Ele me olhou de forma assustada e empurrou ela, se levantando imediatamente. - Thais? Andou até mim, assustado. Fechei os olhos tentando respirar, puxei o ar, em alguns segundos abrir. - Eu só quero te perguntar uma coisa. Aquela folha de papel em branco, você vai assinar pra mim? - Assinar o quê? - Nosso divórcio. Me virei para sair, ele me segurou. - Você não pode chegar e sair, assim! - Posso e vou... puxei meu braço, com toda força que existia em mim. Andei até o elevador, que antes de se fechar ele entrou. - O que está fazendo aqui? A Vitória está bem? - Sim...felizmente ela está. Eu vim... ai meu Deus! Disse tremendo demais, de raiva e decepção. Eu coloquei minha cabeça para trás, respirando pausadamente. Ele tocou meu braço. Thais! Está se sentindo bem? - Não me toque por favor! Ele me soltou. O elevador parou na garagem. Eu sai
Ele me falou que a Susan ajudou com toda decoração, e na compras das roupinhas do bebê. Curiosa sobre o que eu e a Susan conversamos, perguntei. - A Susan já pensou em se casar, ou ter uma família? - Infelizmente, aos sete anos ela sofreu um acidente, o médico disse que ela nunca poderá ser mãe. Ela cresceu ciente dessa trágica notícia. Ela sabe que isso nunca será possível, então acabou se conformando com a situação. - Que triste... falei pensativa, lembrando de sua visita no escritório. Talvez ela não teve mesmo a intenção que imaginei. Ela só queria mesmo, cuidar do nosso bebê. Paranoica e perturbada, com a visita anterior e o deboche da Flora, eu não pensei direito na situação. - Diogo, gostaria de te perguntar sobre a Flora... Ele me olhou curioso. - Vocês já... - Não... e eu já sei o que vai perguntar. Flora é amiga da minha irmã, nada além disso. - Porque esse interesse pela Flora ? - Porque ela insinuou que vocês tiveram alguma coisa. Ele arqueou uma das sobran
Na hora que Susan saiu, minha cabeça estava borbulhando pensamentos ruins.Será que ele disse a ela que tem intenção de tirar meu bebê? Ele não pode fazer isso! Ele não esse tem direito...Nervosa e indignada, levantei com toda coragem existente em mim, fui em direção a sala central do escritório imaginando que esse seria o lugar que ficaria o escritório do Diogo. Julgando pela mesa da dona Helena.Sem bater eu entrei. Surpreendendo o Diogo e a Flora. Ela estava ao lado do Diogo debruçada sobre seu corpo com um papel nas mãos. Logo deduzir que atrapalhei o início de um momento íntimo. Envergonhada e morrendo por dentro fiquei travada, sem conseguir pronunciar nenhuma palavra.Thais! Ele saiu da sua mesa empurrando Flora vindo ao meu encontro preocupado.- Você está bem? Ele perguntou tentando tocar minha mão. Nesse
O resto da semana passou, eu estava me sentindo bem e mais forte, os medicamentos estavam me deixando melhor. April parecia minha mãe, toda hora me ligava, lembrando das refeições.Enfim chegou a segunda feira, minha barriga ainda não estava aparecendo. Mesmo assim, coloquei um vestido mais largo, apenas desenhando minha cintura com um cinto. Um casaco e um salto mais confortável.Entrei na empresa a recepcionista sorriu, uma reação rara de ver.Bom dia disse a ela. E pra minha surpresa ela respondeu, sem muita atenção, voltou para seus atendimentos.O segurança me acompanhou, entrando comigo no elevador. Agradeci com um sorriso e um aceno com a cabeça.Assim que entrei na empresa, Ed veio ao meu encontro.- Saudades de ver você aqui! Não tem ideia de como tudo está uma loucura sem você. A única coisa que melh
Último capítulo