LAIKA
Quando acordei, Karim já estava vestido – mas, na verdade, não estava completamente vestido. Ele trajava apenas umas calças de couro cru e exibia o peito nu, com suas espadas acomodadas em suas bainhas, cinto de armas firmemente cingindo a cintura e os longos cabelos presos num coque. Ao redor de seu quarto, observei as calças espalhadas pelo chão.
— Ah, que bom que acordaste. — Disse ele, arrastando-se em direção ao seu arsenal e selecionando outra espada, acompanhada de uma faca menor.
— Por que você sempre deixa suas roupas espalhadas pelo chão? — Indaguei, ainda enroscada no tapete de peles.
Ele olhou ao redor e, ao encontrar meu olhar, demonstrou remorso em seus traços faciais. — Peço desculpas se isso te desagrada.
— Não estou zangada. Mas não poderia, pelo menos, recolher suas roupas com cuidado?
— Gentileza não faz parte da minha natureza.
— Contudo, você se mostra gentil comigo.
Ele bufou.
— Você não é minhas calças nem meu tapete de peles.
— Eu sei, mas você poderia tr