— Vidente, a história faz-se em um dia. Karim arriscou a vida por mim várias vezes; farei o mesmo por ele. Tenho certeza de que vencerei MOLART. Alguém precisa derrotá-lo. Você acreditou em mim quando nem eu acreditava. Quero que continue a acreditar em mim.
Eu não sabia de onde vinha aquela confiança, mas adorei senti-la.
Sabia que MOLART era mais sombrio que tudo neste mundo, e eu era apenas uma principiante nesse jogo de poderes; ainda assim, faria tudo que fosse necessário para conquistar minha felicidade.
— Venha cá. — Disse a vidente, e eu me atirei aos seus braços largos. Ela me manteve ali por um tempo, acariciando minhas costas. — Vai ficar tudo bem. Eu amo a sua fé.
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Aquilo trouxe certo alívio. Saber que Karim ainda tinha chance de viver sossegava meu coração. O bando mergulhava no luto. Os guerreiros sepultavam os corpos dos caídos. Famílias choravam enquanto os entes queridos eram carregados para fora. Permaneci à entrada da tenda onde Karim repousava, observando tudo.