LAIKA
— Ele está aqui. — Anunciou Sekani assim que atravessou a entrada da tenda.
Senti o estômago afundar enquanto me erguia do colchonete. Apesar de tudo, parte de mim desejava que fosse Karim quem viera à minha procura.
— Quem está aqui?
— Alfa Karim. Veio para levá-la de volta para casa.
Contive o sorriso que ameaçava surgir; não queria que Sekani se sentisse magoado. Levantei-me devagar, enrolei o colchonete e notei que a dor no abdômen desaparecera. Sentia-me mais forte. Quando estava prestes a deixar a tenda, Sekani agarrou-me pelo antebraço e deteve-me na soleira. Lancei-lhe um olhar interrogativo.
— Sei o quanto o ama e está disposta a compreendê-lo por causa do que a vidente disse, mas não se rebaixe novamente. Agora é uma heroína, e todos a respeitam. Pode evitar provocá-lo, porém jamais se diminua. Ele já pensa que você é fraca. Não confirme esse juízo.
Assenti.
— Obrigada por tudo o que fez por mim.
Sekani tinha razão. Eu não deveria permitir que me arrastassem de volta. J