Antonella
Uma semana se passa desde a cena na estrada. Eu notei as tentativas de Alonzo, seu cuidado ao escolher as palavras, o jeito mais calmo quando percebe que está prestes a perder o controle. Mas o ciúme ainda mora nele. E, às vezes, sai pela fresta.
Naquele sábado à noite, fomos para um jantar entre a Bellini-Karvell e a Sweet Dreams. Era um jantar importante, conversa sobre expansão no Canadá, novos investidores, licenciamento de marcas e abertura de mais confeitarias. O salão era elegante, tinha luzes penduradas que refletiam no copo de vinho, e os talheres brilhavam sobre a toalha bege da mesa longa.
Eu estava sentada ao lado de Alonzo, James do outro lado. Eu sorria, conversava, tentava agir como uma esposa tranquila, equilibrada, madura. E estava funcionando… até que eu precisei ir ao banheiro.
— Volto já. — avisei.
Vi o olhar de Alonzo seguir cada passo meu. Passei pelas mesas, cumprimentei duas funcionárias da Sweet Dreams que estavam lá, e entrei no banheiro.
Quando saí