Rosa…Minha cabeça estava pesada. Tudo à minha volta estava escuro. Onde estou? O que aconteceu?Fechei os olhos, pois a dor de cabeça estava insuportável. Tentei me lembrar do que tinha acontecido. Quis limpar o suor da testa, mas não consegui mover as mãos. Algo as mantinha presas com força.Abri os olhos novamente, mas ainda estava tudo escuro. Que inferno aconteceu? Eu estava no nosso quarto. Queria guardar as roupas.Então me lembrei. Ele me acertou na cabeça com alguma coisa, e tudo escureceu.O medo tomou conta do meu coração ao lembrar de quem eu vi parado atrás de mim.Ele não deveria estar preso?Por que ele estava aqui? Como me encontrou?Baixei a cabeça, tentando me soltar dessas amarras. Eu estava presa a uma cadeira, tinha certeza disso.Sabia que precisava sair dali antes que ele voltasse. Precisava pensar. Precisava soltar as mãos e os pés.— Não adianta tentar fugir, amor. — Ouvi a voz dele, e quando levantei o olhar, vi Armando parado na porta. Ele acendeu a luz e sor
Rosa...Aviso: este capítulo contém abuso! Não recomendado para pessoas sensíveis!— Quer saber? Enquanto eu te fodo, quero que seu noivo ouça. Quero que ele saiba a quem você pertence agora! — Armando sorriu de forma cruel e tirou o celular do bolso.— Armando, por favor. — Implorei. Meu corpo inteiro doía enquanto eu tentava me mexer, mas ele pressionou com ainda mais força.— Fica quieta! — Ele me deu outro tapa no rosto.Ouvi um telefone tocar e depois a voz dele:— Ashton, olá.Armando colocou o celular acima da minha cabeça e sorriu maliciosamente:— Vamos dar um show pra ele, que tal?Ele desabotoou o cinto, abaixou as calças e voltou a sentar no meu rosto.— Coloca na boca, amor! Chupa como você fez com aquele babaca! — Gritou Armando.Balancei a cabeça, desesperada.— Não, por favor!Isso o deixou furioso. Ele pressionou o dedo dentro do ferimento de faca e soltei um grito de dor que logo foi abafado quando ele enfiou o pênis na minha boca. Tentei morder, mas não consegui. Ele
Ashton…Tio Michael e seus homens cercaram o prédio abandonado onde aquele desgraçado manteve Rosa por quase oito horas. Saí do carro apesar dos pedidos do meu pai. Segui o tio Michael para dentro do prédio, de onde ouvi alguém gritar.Tio Michael fez um sinal para seus homens e, no minuto seguinte, arrombou a porta com um chute. Corremos para dentro e o que vi fez meu sangue gelar. Rosa estava deitada no chão, nua. Parecia que tentava se arrastar para longe do desgraçado, mas ele mantinha o pé sobre a cabeça dela e apontava uma arma para sua têmpora. Ele nos olhou, surpreso ao me ver ali.Ele logo se recompôs e deu um sorriso cínico:— Ah, chegou bem na hora de ver sua vagabunda morrer. — Ele riu.Eu quis avançar contra ele, mas o tio Michael me impediu:— Afaste-se dela, ou não vou hesitar em te matar. — Ordenou o tio Michael.— Quem é você? Polícia? Eu não volto pra cadeia. Vocês vão ter que me matar antes de eu voltar praquele inferno. — Disse Armando, olhando ao redor enquanto mai
Rosa…Tento abrir os olhos; exige muito esforço. Consigo ouvir o som de uma respiração perto da minha cabeça e sentir dedos se entrelaçando aos meus — dedos quentes. Ouço também o som de um bip constante. Tento abrir os olhos de novo; estou lutando. Fico frustrada. Por que meus olhos não se abrem? Tento mais uma vez e sou recebida pela visão de um teto branco acima de mim. Havia algo sobre meu rosto, dificultando minha visão ao redor. Viro a cabeça para a direita e então o vejo.Ele dormia em silêncio, com a cabeça apoiada sobre minha mão. Seus cabelos caíam sobre o rosto. A visão dele me deu a coragem que faltava.— Ash… — Tento falar, mas minha boca está seca e meu corpo dói um pouco quando tento me mover. Olho para baixo e vejo que estou vestida com um avental hospitalar e conectada a máquinas.— Ashton.Ele levanta a cabeça de repente e, quando seus olhos encontram os meus, ele solta um suspiro; seus olhos se arregalam.— Rosa. — Exclama Ashton. — Você acordou?O alívio lavou seu r
— O que está acontecendo? — Perguntei a ele, minha voz abafada devido à máscara de oxigênio.— Não tem nada de errado. Vamos conversar sobre tudo depois, Amore. — Ele sussurrou e me deu mais um beijo na testa.A enfermeira olhou entre nós e limpou a garganta.— Eu preciso dar a medicação para a dor. — Ela disse, parecendo com medo de olhar para Ashton.Eu assenti e senti a agulha quando ela me injetou. Segurei a mão de Ashton enquanto sentia a medicação fazendo efeito. Antes de fechar os olhos, dei-lhe um pequeno sorriso.Levou uma semana para o meu corpo começar a se mover novamente e para eu conseguir respirar sem a máscara. As máquinas conectadas ao meu corpo diminuíram dia após dia.Ashton ficou ao meu lado o tempo todo, enquanto meus pais e os dele vinham me visitar todos os dias. Todos estavam felizes em me ver acordada, mas eu podia perceber que algo estava sendo escondido de mim, especialmente quando perguntei para Ashley como estavam os bebês. Eles me olhavam com um olhar tris
Rosa...Valentina e eu conversamos por mais alguns minutos antes dela se despedir. Ela prometeu que viria me ver hoje à noite junto com meus pais. Eu esperei Ashton voltar. Eu precisava que ele me contasse o que estavam escondendo de mim. Já estava cansada de ver todos desviarem o olhar sempre que eu falava ou perguntava sobre os bebês de Ashley ou sobre o que havia acontecido com Armando, Willow e Kylie. Eu precisava de respostas, e ele iria me dar hoje.— Você está bem? — Ouvi a voz dele. Quando olhei para cima, vi que ele fechava a porta antes de vir até mim.— Não, eu preciso falar com você. — Eu não ia deixar isso passar. Eu merecia saber a verdade.— O que aconteceu?— Preciso que você me diga o que está escondendo de mim. Eu sei que tem algo acontecendo. Todo mundo evita certos assuntos e isso precisa parar agora.Ashton pegou minha mão e a apertou levemente.— Eu sei, e você está certa. Tem coisas que eu preciso te contar. Eu queria te contar, mas não queria te deixar chateada.
Rosa...Ashton me colocou na cadeira de rodas, me deu um beijo e pegou minha bolsa. Eu finalmente tinha recebido alta do hospital.Quando chegamos em casa, a porta da frente se abriu de repente e Mama correu direto para os meus braços. Ela encheu meu rosto de beijos, murmurando o quanto me ama. Ashton desceu do carro e trouxe a cadeira de rodas até mim. Assim que Mama terminou de me cobrir de beijos, ela se afastou e deixou Ashton me pegar no colo para me colocar na cadeira.Ashton empurrou a cadeira até a porta da frente, onde Adrian estava esperando.— Rosa! — Disse ele com um sorriso, se abaixando para me abraçar. — Estou feliz que você esteja de volta em casa.— Sua mãe preparou um verdadeiro banquete para nós. — Sorriu Adrian. E eu sabia que era verdade. Mama ama cozinhar, e eu mal podia esperar para provar a comida dela depois de dias comendo aquela comida de hospital.Adrian olhou para Ashton e disse:— Eu arrumei o quarto de baixo para vocês, como você pediu.— Obrigado, pai. —
Ele riu e balançou a cabeça.— Tem certeza de que quer ouvir isso?Pra ser sincera, eu não sabia. Mas algo dentro de mim queria saber como ele tinha sofrido pelo que me fez.— Sim, eu quero ouvir. — Respondi.Mamãe colocou as mãos no ombro do tio Michael e disse:— Se você não quiser contar, eu conto.Tio Michael balançou a cabeça.— Tudo bem, eu conto.— Meus homens levaram Armando e as duas mulheres para o meu porão até que eu voltasse para cuidar deles. Eu estava no hospital com Ashton; estávamos esperando seus pais. Ashton me perguntou o que eu planejava fazer com eles e eu disse que os torturaria como faço com qualquer um que machuca minha família. Sua mãe e seu pai entraram e ouvimos um suspiro alto. Quando olhamos, eles estavam lá. Eles ouviram cada palavra do que estávamos dizendo. — Ele olhou para minha mãe, que sorria.— No começo, eu fiquei brava quando soube o que ele estava planejando. — Disse mamãe. — Mas Ashton e o pai dele nos contaram quem ele era. A gente não é bobo;