Serenity…
Já passavam das seis de uma segunda-feira maldita à noite quando fui convocada ao escritório do meu pai. Ele nunca me chamava para o seu escritório, exceto em situações de emergência. Perguntei-me o que estaria acontecendo desta vez. Da última ocasião, meu rosto figurara em todas as redes sociais, jornais e revistas por conta do meu divórcio.
Percorri o empreendimento da Clifford como se detivesse o prédio. Recusei-me a cumprimentar as pessoas, pois todas me pareciam inferiores a mim. Não culpava ninguém pelo fato de os pais delas não serem ricos. Talvez se dedicassem mais aos estudos, mas algumas pessoas simplesmente demonstravam preguiça.
Cheguei ao escritório do meu pai, ignorando sua secretária. Bati na porta uma única vez e a abri mesmo sem a permissão dele. Ao adentrar o ambiente, deparei-me com um homem parado ao final da mesa, com as costas voltadas para mim. Ele trajava um terno branco e ostentava cabelos pretos. Perguntei em silêncio quem seria esse homem. Seria um