Amber
Entrar na empresa era como mergulhar em um oceano desconhecido, mas com ecos familiares ao fundo. Assim que atravessamos a porta de entrada, senti a necessidade de soltar a mão de Leonardo, um gesto inevitável para manter as aparências, mas que deixou um vazio instantâneo. Meu olhar capturava os rostos que viravam em nossa direção, as sobrancelhas erguidas, os sussurros que não faziam esforço para serem discretos.
"É ela?"
"Eu ouvi dizer que...""Voltou mesmo... quem diria.""Bem-vinda de volta, senhorita Bayer." uma recepcionista me falou, e agradeci, ainda tensa com a situação.
O elevador, por mais breve que fosse, me deu um momento para respirar. Leonardo aproveitou para pegar minha mão novamente, seus dedos se entrelaçando nos meus com a segurança que só ele conseguia